sábado, 29 de setembro de 2012 Tags: , 0 comentários

LEITURA DE SÁBADO: O LUGAR ONDE VIVO / OLP

Olimpíada de Língua Portuguesa é uma excelente oportunidade para que os alunos ampliem suas experiências de  leitura e, principalmente, sejam estimulados a escrever textos nos gêneros poemas, memórias literárias, crônicas e artigo de opinião. Nesta postagem, publicamos os escritos produzidos pelas alunas nas oficinas da OLP desenvolvidas pela Prof.ª Adriana Sousa.
O tema O lugar onde vivo foi a inspiração para os discentes. Agora, é nossa satisfação postar em memórias e poemas o que as pequenas 'escritoras' Alana e Maiver nos contam
HISTÓRIAS DA MINHA AVÓ
Maria Auxiliadora, conhecida como Dôdora ou, simplesmente, minha adorada avó que tem 61 anos de idade e já viveu muito, nasceu, cresceu e vive até hoje no Bairro Bico Torto. Ela gosta de contar as histórias da sua infância e me mostrar como era diferente a vida na sua época.
Um dia, ela me pôs no colo e começou a me contar a história da sua vida:
     " Ainda sinto o cheiro das árvores que rodeavam o lugar onde eu morava.
      O Bico Torto tinha poucas casas, não tinha luz elétrica. Era preciso pegar água na cacimba para beber e usar nos afazeres domésticos. Não tinha televisão, computadores e outros equipamentos da modernidade.
       Eu adorava brincar de bonecas! Bonecas que eu mesma fazia com sabugo de milho. Brincava de ciranda, passar o anel, amarelinha, esconde-esconde, cabra-cega... como era bom! Dávamos as mãos e rodávamos cantando a música: atirei o pau no gato e , também, tinha a brincadeira do camaleão. Todos ficavam em fila e o grito soava:
      _Cadê o camaleão?
     E gritavam de volta:
     _ Está aqui!
    E dava um passo para frente...
    Todas essas brincadeiras as crianças não brincam mais!
    Eu ia para a escola todos os dias. Aprendi a soletrar, a ler e a escrever. Lá não tinha o que tem hoje: computador, dvd, livros de todas as matérias. Não tinha merenda. A professora não escrevia em quadros. Ela usava a cartilha, passava a lição e se tivesse errada levava bolo nas mãos.  Tínhamos que respeitar a professora, respeitar os mais velhos também, principalmente, os nossos pais.
    Saíamos para as novenas com os pais do lado. Nós não podíamos sozinhas. A primeira vez em eu e minhã irmã saimos sozinhas foi uma alegria, só que, quando alguém passava por nós, íamos para trás, para ficarmos sozinhas.
Os namoros naquela época era em casa, na frente dos pais. E o pai tinha que conceder. E não podia namorar na escola. Quando resolviam casar, ficavam noivos e algum tempo depois se casavam na igreja.
Já trabalhei muito. Apanhei feijão, algodão, milho, café. Plantei e fazia tranças para fazer chapéus e vender. Com o dinheiro comprava roupas. Cresci, me casei e tive oito filhos. A educação deles era parecida com a minha: trabalhar e respeitar os mais velhos.
Hoje sou aposentada e posso aproveitar para descansar, pois a vida não foi fácil para mim."
Alana Cristina de Oliveira Martins/ 7ºA 
 MINHA CIDADEZINHA

Minha cidade é pequenininha
Lugar de gente bonita e humilde
Há muitas festas divertidas
Há também alegrias e diversões
Aqui em Apodi tem muitas festas
Animadas vaquejadas
Quadrilhas são as que eu acho mais divertidas
Mas não tem só essas duas
Tem também a festa do padroeiro
São João Batista
Onde vai muita gente cantar
Para se alegrar

Lá na minha rua
Acontece uma festa de quadrilha
Onde tem muitas crianças dançando e desfilando
Algumas mães olhando
Seus filhos 
Porque os filhos  são sua grande alegria
Depois da dança e do desfile
Fazem forró com pessoas
Animadas e divertidas
a dançar
E é por essas e outras razões
Que eu gosto muito de viver nesse lugar

Maiver Alves Freitas / 6ºA
***
Tão pequenas que são mas, já nos ensinam que todos podemos escrever nossas lembranças e impressões de mundo. Pode ser por observar a vida ou por conversar com quem já viveu mais. O que vale é a nossa disposição para aprender. Porque ninguém precisa ser um grande poeta ou escritor de qualquer gênero ou querer ganhar fama... aqui, também vale registrar memórias, histórias, fatos ou o jeito que a gente vive em nosso lugar.

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